quarta-feira, 27 de novembro de 2013

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Opala em Algumas Capas da Quatro Rodas nos Anos 60/70

Estou querendo desovar alguns posts que há tempos estavam guardados no meu disco virtual Cada vez está mais difícil atualizar o blog. A remessa de imagens que vou postar são de pesquisas que eu fazia no rico acervo digitalizado da Revista Quatro Rodas.


Edição de dezembro de 1967: primeira aparição do protótipo do Opala ainda muito parecido com o Opel Reckord. Detalhe para a frase "esta foto era proibida", atualmente uma declaração dessas pode muito bem servir como mero marketing entre a revista e a montadora.


Edição de dezembro 1968: exatos um ano após a primeira aparição do protótipo a revista testa o Opala sedan, sendo este oficialmente lançado ao final do ano. É por esta razão que os primeiros Opalas são de 68.


Edição de maio de 1969: opinião dos primeiros compradores. Chama atenção ainda o detalhe do suposto Opala GT que futuramente seria o antológico Opala SS. Detalhe importante, o GT mostrado na capa já era coupê, mas o primeiro Opala SS usava a carroceria sedan.


Edição de junho de 1970: primeira aparição do Opala cupê.


Edição de outubro de 1970: testes com todos os modelos de 1971.


Edição de setembro de 1971: teste o recém lançado Opala cupê.


Edição de outubro de 1971: Opala SS na capa ao lado de um Charger R/T. Nostalgia pura!


Edição de dezembro de 1971: teste dos Opalas cupê.


Edição de agosto de 1972: teste dos modelos 73


Edição novembro de 1972: aparição do desenho da "Perua Opala"

sábado, 17 de novembro de 2012

Charger R/T 79 (Brasileiro)

Estava eu indo normalmente para uma aula na FABICO. Quando passo por uma das ruas perto do Palácio da Polícia e encontro este raríssimo Charger R/T 79, o penúltimo modelo brasileiro do antológico muscle-car americano. Segundo Simone e Pagotto (2010) esta versão vendeu apenas 125 unidades.

O Charger desta época perdeu toda a agressividade da grade frontal e adotou a que era característica de todos os modelos Dodge Brasil da época. Ele possuía pintura em dois tons e uma desnecessária grade nos vidros do passageiro. Talvez este seja um dos detalhes que confirmou a decepção do respectivo carro. Sem contar que na época de crise do petróleo, ter um V8 era tarefa ingrata.

Por último eu aponto um detalhe curioso do modelo que fotografei. O Charger original de 79 apresentava apenas a pintura lateral que percorria toda a extensão do carro. Este além disso apresenta um friso metálico na lateral do veículo, demonstrando uma modificação pós-fábrica pelo visto. 

 


Fonte:

SIMONE, Rogério de; PAGOTTO, Fábio. Dodge: esportividade e potência. São Paulo: Alaúde, 2010.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Propaganda Chevrolet: “Admirado por todos!”


Propaganda retirada do livro “Propaganda brasileira” de Francisco Gracioso, página 34. Como esses anúncios são interessantes por adotarem desenhos.




domingo, 7 de outubro de 2012

Pick-up Opala

Eu já vi muitas vezes na internet alguns malucos que simplesmente destroem um Opala ou uma Caravan cortando a sua traseira e transformando em pick-up. No Google Imagens você encontra diversos experimentos desta ordem, sendo que o resultado final é sempre muito tosco. Exemplo:


 









Imagem retirada do blog Bizarrices Automotivas


Mas no início dos anos 70 o Opala Pick-up foi um projeto que quase saiu do papel. Segundo a revista Quatro Rodas de novembro de 1972, o Salão do Automóvel daquele ano deveria apresentar o protótipo do veículo. No respectivo evento a GM não apresentou nenhum Opala que tivesse essa vocação para cargas.

O Opala Pick-up deveria ser um utilitário de luxo (!!!). Soa estranho, mas a matéria apresenta a suposta camionete com requinte por ser projetada para carregar bagagens. A GM justificava sua aposta no projeto pelo fato de na época ainda não existir nenhum modelo de pick-up baseado em algum veículo de passeio.

Desenho do modelo
Imagem retirada da revista Quatro Rodas de novembro de 1972.

O protótipo dividiu as atenções da equipe da GM na mesma época em que era criada a “Perua Opala”. Todos sabemos que no fim a Caravan foi lançada e a pick-up nunca saiu das pistas de treino, tornando-se mais um projeto renegado ao limbo.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Puma GTB S2


*Depois de décadas sem atualizações...

Perto da minha casa (em Porto Alegre) existe um raro Puma GTB S2. Este carro era o Puma realmente esportivo, esqueçam motores refrigerados à ar, aqui o negócio era movido pelo saudoso 6 cilindros do Chevrolet Opala!

No início de 1971 o protótipo surgiu e seria chamado de Puma GTO (Gran Turismo Omologato), com esta sigla o carro tendo o apelido de Puma Opala. Nem preciso comentar que ele já nasceu como um ícone “esportivo” para o país. A Puma tinha longas filas de espera e muita gente ficou sem os GTB’s S1 e S2, tendo em vista que toda a linha deles era feita, praticamente, de maneira artesanal.

Segundo as fontes consultadas, o Puma GTB era muito mais caro que veículos como o próprio Opala, Dodge Charger R/T e Maverick. Ele era apenas levemente mais barato que um Landau. Sem contar que pelo problema do número escasso de veículos saindo de fábrica, criou-se um mercado onde um Puma GTB usado era até mais caro que um novo de fábrica.

Segundo a Revista Quatro Rodas, um Puma GTB valia quase o mesmo que 3 Passat LS

O GTB foi lançado no Salão do Automóvel de 1972 (já com direito a encomendas), mas os primeiros modelos só foram sair da fábrica em 1974. Em 1978 é lançada a “geração 2” (GTB S2) que é o carro que encontrei e coloquei no post. Ele tinha bancos de couro, arcondicionado, vidros elétricos e era equipado com o lendário motor 250-S do Opala.

Não sei informações sobre o dono desta pérola, já vi diversas vezes em uma oficina, mas nunca vi ninguém saindo de dentro dele. A única pista sobre o possível dono é um adesivo da Polícia Civil Gaúcha... Sorte de quem tem esta raridade em casa.







Referências:




quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Pesquisa Secreta para o Maverick no Brasil

A Revista Quatro Rodas de setembro de 1971 apresenta uma matéria sobre o novo projeto da Ford para concorrer com o Chevrolet Opala. Através de uma pesquisa quase secreta dentro Clube Atlético Paulistano, a empresa disponibilizou 8 protótipos para que cerca de mil pessoas escolhidas a dedo fossem avaliar. Entre os requisitos para ser aceito, a pessoa deveria possui um Opala, TL, VW Sedan ou Corcel e não ter ligações com a imprensa ou meio industrial automotivo.

Quem participava era interrogado sobre as possibilidades de compra para um futuro automóvel e o tamanho de sua família, após, eram conduzidas em grupos pequenos para o ginásio do clube. Lá estavam exemplares de 2 e 4 portas dos seguintes automóveis: Corcel, Maverick, Opala e MH (projeto baseado no Taunus alemão). Interessante notar aqui é que a Ford utilizou um Opala 2 portas meses antes do seu lançamento, que seria em setembro do mesmo ano. Tal fato se explica porque as duas fabricantes possuíam um acordo de colaboração para pesquisas de mercado.


Layout do posicionamento dos veículos dentro do ginásio. Retirado da revista Quatro Rodas de setembro de 1971.

As pessoas podiam mexer em todos os itens dos carros (o Opala 2 portas tinha a dianteira e a traseira cobertas com capas por ainda não ter sido lançado). Os participantes respondiam a um questionário dando notas para itens que cada veículo possuía. Ao final, o Ford Maverick ganhou a votação no quesito de carro que os entrevistados comprariam. A pesquisa serviria para o lançamento do concorrente do Opala para 1973.


Imagem do pátio da montadora da Ford com os protótipos americanos do Maverick sendo testados. Retirado da revista Quatro Rodas de abril de 1972.

Referência:

CAMANZI, Emílio; VASSÃO, Nehemias. Uma pesquisa escolhe o novo Ford para concorrer com o Opala: Maverick. Quatro Rodas, Ed. 134, set. 1971, p. 56-59. Disponível em: http://quatrorodas.abril.com.br/acervodigital/